A única forma de
chegar ao Acre de qualquer ponto do país sem recorrer ao avião, é a bordo
de duas modestas balsas que atravessam o rio Madeira na fronteira entre Rondônia e o Acre,
pela BR 154. A
poucos metros da beira do rio, uma placa do governo federal anuncia a
construção da "ponte do Abunã". Enquanto a construção da ponte não
saí do papel, esperamos por quase uma hora para fazer a travessia na balsa,
disputando espaço com caminhoneiros. Estávamos
mais perto do que nunca!
Enfim, Acre!!!!
Rio Branco foi amor a primeira vista. Que cidade linda! Capital com cara de interior, limpa, organizada, trânsito tranqüilo. Um dos seus cartões postais é o Parque da Maternidade que abrange parte da cidade. Possui ciclovias, playground, pista de skate, quadras de esporte, museu, praças, restaurantes e lanchonetes. É um lugar de descontração para um bom papo, para a prática de esportes e lazer entre outros. O Palácio Rio Branco abriga a sede do Governo do Estado e tem uma arquitetura imponente. Visitamos alguns museus, praças e o centro histórico que fica entre uma passarela nova e outra antiga, sobre o Rio Acre. A noite a iluminação da passarela em tons de azul completam o cenário sobre o Rio Acre.
Começamos nossa
saga fotografando as prefeituras (como diz uma amiga nossa, somos os "caça-prefeituras") de Porto Acre, Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano (o município mais
precário que visitamos) e Feijó, onde apreciamos o pôr-do-sol no Rio Envira e
descansamos naquela noite.
Manoel Urbano
Porto Acre
Bujari
Feijó
Sena Madureira
O principal motivo
da nossa viagem era ir a Mâncio Lima, pois é o município mais a oeste do
Brasil. Ainda em Rio Branco ,
nos relataram da precariedade da estrada que liga a capital a Cruzeiro do Sul,
pois por causa das chuvas as obras de reconstrução ficam paradas por meses
dificultando o trajeto, mas pra quem tem veículo 4x4, isso é moleza. Moleza?
Antes fosse! A estrada parecia um campo minado de tantos buracos. A velocidade
não passava de 10 km/h .
Terrível! Havia buracos tão grandes que a única opção era se jogar dentro
deles. Aquele dia parecia não ter fim.
Chegamos ao
município de Tarauacá, que é uma gracinha! Fomos muito bem recebidos pelos
moradores locais que nos contaram com orgulho que ali é o melhor lugar pra se morar
no mundo. E seguimos pela estrada que batizei de “campo minado”. Finalmente
chegamos ao final daquele dia, atravessamos uma pequena balsa gratuita, fomos até
Rodrigues Alves e finalmente, Cruzeiro do Sul. Foram os 642 km mais longos das
nossas vidas.
Rodrigues Alves
Balsa sobre o Rio Moa
Cruzeiro do Sul é
a segunda maior cidade do Estado, é um dos pólos mais importantes de turismo de
economia do Acre e é cercada de construções e monumentos que contam a história
do Estado.
Cruzeiro do Sul
Catedral de Nossa Senhora da Glória
Extremo oeste do
território brasileiro, na nascente do Rio Moa: Mâncio Lima! Senti falta dessa
descrição geográfica e cartograficamente importante para aquele município, mas
pelo menos a prefeitura tinha nome.
Naquele momento, nosso objetivo de ir ao Acre estava sendo concluído com êxito.
Naquele momento, nosso objetivo de ir ao Acre estava sendo concluído com êxito.
Mâncio Lima
Mâncio Lima
No dia seguinte era preciso voltar até Rio Branco por aquela estrada terrível, o campo
minado. E para nossa surpresa encontramos muitos trechos em manutenção
facilitando nosso trajeto. Entre buracos e muitos saculejos, estávamos de volta
a capital com o Troller quebrado. Fomos rebocados até o hotel, nem ele aguentou
tanto buraco.
Carro consertado é
hora de conhecer os municípios que faltavam. Acharam que nossa aventura havia acabado?
Nada disso! Ainda faltavam muitas prefeituras a serem fotografadas!
Em cada muitos
quilômetros percorridos a sinalização de “Estrada do Pacífico” nos levou até o município de Senador Guiomard, Capixaba e Xapuri – terra de Chico Mendes. Visitamos a casa,
o museu e conhecemos um pouco mais da história do seringueiro e ambientalista
que lutou pelos seus objetivos e foi covardemente morto em sua casa.
Senador Guimard
Capixaba
Xapuri
Monumento de Chico Mendes no museu que leva o mesmo nome.
Casa de Chico Mendes
Brasiléia
Assis Brasil está
localizada na tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia, formando
uma conurbação com a cidade peruana de Iñapari (lê-se Inhapari) e com a cidade
boliviana de Bolpebra. O município é servido pela Rodovia Transoceânica que é a
única rodovia que liga o Brasil ao Peru..
Assis Brasil
Vamos passear de Tuk-tuk?
Iñapari (lê-se Inhapari) - Peru
Iñapari (lê-se Inhapari) - Peru
Fomos ultrapassados por um Tuk-tuk
Plácido de Castro
e Acrelândia foram os municípios que finalizaram o nosso roteiro.
Em resumo, Acre é
vida!
Estado que para
muitos é um mito, uma lenda. Para nós um desafio. Foram 18 municípios visitados
em nove dias de muitos quilômetros percorridos. Todas as prefeituras visitadas tem
o nome da cidade e isso tem sido pouco comum nas nossas viagens e nas buscas
por fotos em prefeituras ou Palácios Estaduais.
Foi um prazer
desvendar suas belezas, conhecer sua cultura e seu povo acolhedor. Casas à
margem de rios, palafitas, indígenas, floresta amazônica densa por todos os
lados e muitas histórias.
É um pedacinho do
Brasil que merece ser divulgado e explorado. Nosso país é muito rico e vai além
de praias e o Acre é referência nesse quesito. Levamos conosco muito
mais que fotos, são lembranças, admiração e respeito por este lugar. E uma
vontade enorme de voltar!
Makenna Figueiredo.
Eita casal corajoso!!!
ResponderExcluirCoragem e disposição!
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