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terça-feira, 10 de maio de 2016

Perambulando pelo Acre

A única forma de chegar ao Acre de qualquer ponto do país sem recorrer ao avião, é a bordo de duas modestas balsas que atravessam o rio Madeira na fronteira entre Rondônia e o Acre, pela BR 154. A poucos metros da beira do rio, uma placa do governo federal anuncia a construção da "ponte do Abunã". Enquanto a construção da ponte não saí do papel, esperamos por quase uma hora para fazer a travessia na balsa, disputando espaço com caminhoneiros. Estávamos mais perto do que nunca! 

Enfim, Acre!!!!



Rio Branco foi amor a primeira vista. Que cidade linda! Capital com cara de interior, limpa, organizada, trânsito tranqüilo. Um dos seus cartões postais é o Parque da Maternidade que abrange parte da cidade. Possui ciclovias, playground, pista de skate, quadras de esporte, museu, praças, restaurantes e lanchonetes. É um lugar de descontração para um bom papo, para a prática de esportes e lazer entre outros. O Palácio Rio Branco abriga a sede do Governo do Estado e tem uma arquitetura imponente. Visitamos alguns museus, praças e o centro histórico que fica entre uma passarela nova e outra antiga, sobre o Rio Acre. A noite a iluminação da passarela em tons de azul completam o cenário sobre o Rio Acre.

 Parque da Maternidade - Rio Branco


Palácio Rio Branco

Começamos nossa saga fotografando as prefeituras (como diz uma amiga nossa, somos os "caça-prefeituras") de Porto Acre, Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano (o município mais precário que visitamos) e Feijó, onde apreciamos o pôr-do-sol no Rio Envira e descansamos naquela noite.


 Manoel Urbano

 Porto Acre

 Bujari

 Feijó

Sena Madureira

O principal motivo da nossa viagem era ir a Mâncio Lima, pois é o município mais a oeste do Brasil. Ainda em Rio Branco, nos relataram da precariedade da estrada que liga a capital a Cruzeiro do Sul, pois por causa das chuvas as obras de reconstrução ficam paradas por meses dificultando o trajeto, mas pra quem tem veículo 4x4, isso é moleza. Moleza? Antes fosse! A estrada parecia um campo minado de tantos buracos. A velocidade não passava de 10 km/h. Terrível! Havia buracos tão grandes que a única opção era se jogar dentro deles. Aquele dia parecia não ter fim.




Chegamos ao município de Tarauacá, que é uma gracinha! Fomos muito bem recebidos pelos moradores locais que nos contaram com orgulho que ali é o melhor lugar pra se morar no mundo. E seguimos pela estrada que batizei de “campo minado”. Finalmente chegamos ao final daquele dia, atravessamos uma pequena balsa gratuita, fomos até Rodrigues Alves e finalmente, Cruzeiro do Sul. Foram os 642 km mais longos das nossas vidas.

 Rodrigues Alves

Balsa sobre o Rio Moa

Cruzeiro do Sul é a segunda maior cidade do Estado, é um dos pólos mais importantes de turismo de economia do Acre e é cercada de construções e monumentos que contam a história do Estado.


Cruzeiro do Sul



Catedral de Nossa Senhora da Glória

Extremo oeste do território brasileiro, na nascente do Rio Moa: Mâncio Lima! Senti falta dessa descrição geográfica e cartograficamente importante para aquele município, mas pelo menos a prefeitura tinha nome. 

Naquele momento, nosso objetivo de ir ao Acre estava sendo concluído com êxito.


Mâncio Lima

Mâncio Lima



No dia seguinte era preciso voltar até Rio Branco por aquela estrada terrível, o campo minado. E para nossa surpresa encontramos muitos trechos em manutenção facilitando nosso trajeto. Entre buracos e muitos saculejos, estávamos de volta a capital com o Troller quebrado. Fomos rebocados até o hotel, nem ele aguentou tanto buraco.


Carro consertado é hora de conhecer os municípios que faltavam. Acharam que nossa aventura havia acabado? Nada disso! Ainda faltavam muitas prefeituras a serem fotografadas!



Em cada muitos quilômetros percorridos a sinalização de “Estrada do Pacífico” nos levou até o município de Senador Guiomard, Capixaba e Xapuri – terra de Chico Mendes. Visitamos a casa, o museu e conhecemos um pouco mais da história do seringueiro e ambientalista que lutou pelos seus objetivos e foi covardemente morto em sua casa.


 Senador Guimard

Capixaba 

 Xapuri

Monumento de Chico Mendes no museu que leva o mesmo nome.

 Casa de Chico Mendes

Epitaciolândia e Brasiléia foram os últimos municípios e atravessamos a fronteira com a Bolívia e fomos até a cidade de Cobija (lê-se Cobirra), capital do departamento de Pando e da província de Nicolás Suárez. Com o dólar alto não deu para fazer muitas compras, voltamos para o Brasil e seguimos nosso roteiro.


 Epitaciolândia


Brasiléia

Cobija (lê-se Cobirra) - Bolívia

Assis Brasil está localizada na tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia, formando uma conurbação com a cidade peruana de Iñapari (lê-se Inhapari) e com a cidade boliviana de Bolpebra. O município é servido pela Rodovia Transoceânica que é a única rodovia que liga o Brasil ao Peru..


Assis Brasil

 Vamos passear de Tuk-tuk?

 Iñapari (lê-se Inhapari) - Peru

 Iñapari (lê-se Inhapari) - Peru

 Fomos ultrapassados por um Tuk-tuk

Plácido de Castro e Acrelândia foram os municípios que finalizaram o nosso roteiro.

 Plácido de Castro

Acrelândia

Em resumo, Acre é vida!

Estado que para muitos é um mito, uma lenda. Para nós um desafio. Foram 18 municípios visitados em nove dias de muitos quilômetros percorridos. Todas as prefeituras visitadas tem o nome da cidade e isso tem sido pouco comum nas nossas viagens e nas buscas por fotos em prefeituras ou Palácios Estaduais.

Foi um prazer desvendar suas belezas, conhecer sua cultura e seu povo acolhedor. Casas à margem de rios, palafitas, indígenas, floresta amazônica densa por todos os lados e muitas histórias.






É um pedacinho do Brasil que merece ser divulgado e explorado. Nosso país é muito rico e vai além de praias e o Acre é referência nesse quesito. Levamos conosco muito mais que fotos, são lembranças, admiração e respeito por este lugar. E uma vontade enorme de voltar!

Makenna Figueiredo.

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